A cobiçada alta costura italiana


Se os vestidos vermelhos de Valentino falassem, certamente revelariam 70 anos de segredos das beldades mais aclamadas do mundo, de Lady Di a Elisabeth Taylor. Já que eles não falam - que pena! 

Vale a pena comemorar parte da história dessas e outras peças de luxo italianas contidas na exposição “Vestindo o tempo - 70 anos da moda italiana”, no Instituto Tomie Ohtake exposição de 12 de nov/2019 a 03 de Fev/2020 em Pinheiros - SP, entrada franca. Com a curadoria de João Braga, historiador de moda e autor de livros sobre o tema, mostra 45 peças de 29 estilistas de peso, selecionado um acervo de seis mil itens pertencentes aos colecionadores Enrico Quinto e Paolo Tinarelli. Abaixo há 2 links muito interessantes do Youtube sobre a exposição, não deixe de assistir!  

 Não é por acaso que a Itália é uma das maiores marcas de luxo do mundo. Uma soma de fatos históricos feitos com o que “Made in Italy” ocupa espaços privilegiados no tapete vermelho. A influência francesa foi a ponta inicial para amadurecimento dessa produção a partir da década de 1950. O ano de 1951 é considerado o marco inicial da moda italiana moderna, quando o marquês Giovanni Battista Giorgini, que vendem objetos de decoração e turismo para o norte -americanas, promove um desfile em sua casa, em Florença, especialmente para esses compradores. A ideia fez tanto sucesso que eles passaram a ser realizados na Sala Bianca, no Palácio Pitti, em Florença. “Essa iniciativa ajudou a recuperar a Itália após uma guerra pós-guerra pela moda, por exemplo, que ocorreu na França.

Nesse período, criou um sistema que divulgou para a imprensa e para os compradores como peças feitas no país. Como as roupas da época eram influenciadas principalmente pelo New Look francês de Christian Dior, que com o objetivo de quebrar uma onda bélica da época, carregava os cortes famosos que valorizavam o sexo feminino, como eles usavam nas rodadas. Os grandes nomes das décadas de 1950 e 1960, período contemplado no primeiro bloco de exposição, são Emilio Schuberth, como irmãs Sorelle Fontana, Roberto Capucci e Emilio Pucci. É dessa época fotos clássicas como Marilyn Monroe em um vestido com estampas inconfundíveis de Pucci.

Prêt-à-porter

Na segunda fase da mostra, que aborda as décadas de 1970 e 1980, o foco é fortalecer a moda italiana de produção industrial e pré-carregador (em francês, pronto para vestir). Ali estão marcas de marcas como Valentino, Fendi, Giorgio Armani, Gianfranco Ferré, Franco Moschino, Gianni Versace, Mila Schön, Elio Fiorucci, Missoni, entre outros. Nessa época, os estilistas receberam influência da moda inglesa. Na década de 1970, o movimento punk, por exemplo, foi sofisticado pelas mãos de Giane Versace em detalhes feitos com ouro. Outra influência foi o movimento hippie e a moda americana Yuppie (Jovens profissionais urbanos, em português, Jovens Profissionais Urbanos). Apesar de surgir nos Estados Unidos, o Yuppie ganhou luxo e glamour sob as mãos do italiano Giorgio Armani,

Nenhum terceiro bloco de exposição destacado - peças que vão da década de 1990 para os dias atuais. No período, antigas e tradicionais casas de comércio de couro ganham relevância, entre elas Gucci e Prada. Ali, a moda italiana reconhece sua essência: exuberante e associada a exageros e exotismos, como pode ser vista em roupas de Dolce & Gabanna, Versace, Roberto Cavalli e Fausto Puglisi. “Esse é o momento mais glamouroso da moda italiana, intenso e com luxo de luxo. Foi quando a casa Prada, que é de 1913, e a Gucci, de 1921, foi reformada para se adaptar aos tempos ”, diz o historiador João Braga.

Apesar da exuberância italiana se deflagrar na década de 1990, ela sempre esteve presente em seu DNA, em uma história que vem de dados longos. A formação da Península Itálica pelo povo inglês, nove séculos antes de Cristo, é um dos fatos que está por trás desses exageros, uma vez que eles foram considerados os melhores ourives de toda a história. Somada a isso, está em forte influência da estética barroca, que nasceu em Roma no século XVI como iniciativa da Igreja para evangelizar por meio da intensificação da arte, com ampliação de detalhes e exageros nas minúcias. Essas características marcam o país e, consequentemente, sua moda. Mais uma cereja desse bolo é o trabalho de artesanato italiano, que valoriza o designer de luxo para confecção de sapatos, sapatos e bolsas. Esses fatos históricos, sociais e culturais formaram a receita perfeita para fazer da Itália origem das mais valorizadas grifes mundiais.

*Extraído da Revista Istoé

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 Exposição “Vestindo o tempo - 70 anos da moda italiana”, no Instituto Tomie Ohtake

:https://www.youtube.com/watch?v=pNrexwKrDR0

https://www.youtube.com/watch?v=7a0N1dpeWXk

 

 


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